Histórico de resultados na área
(Prêmios, festivais, espetáculos, apresentações, crítica e público alcançado)
Há um quadro de Klee que se chama Angelus Novus. Representa um anjo que parece querer afastar-se de algo que ele encara fixamente. Seus olhos estão escancarados, sua boca dilatada, suas asas abertas. O anjo da história deve ter esse aspecto. Seu rosto está dirigido para o passado. Onde nós vemos uma cadeia de acontecimentos, ele vê uma catástrofe única, que acumula incansavelmente ruína sobre ruína e as dispersa a nossos pés. Ele gostaria de deter-se para acordar os mortos e juntar os fragmentos. Mas uma tempestade sopra do paraíso e prende-se em suas asas com tanta força que ele não pode mais fechá-las. Essa tempestade o impele irresistivelmente para o futuro, ao qual ele vira as costas, enquanto o amontoado de ruínas cresce até o céu. Essa tempestade é o que chamamos progresso.
(Benjamin, 1940, p.222)
Os processos artísticos do Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira nasceram do encontro de dois tipos distintos de dança: o balé clássico e as danças populares brasileiras. Fruto de entendimentos distintos sobre o que, de fato, são, e abrigando preconceitos produzidos pelo desconhecimento da diversidade que cada uma abriga, quando postas em relação, estas duas denominações, curiosamente, suscitam questões em torno dos mesmos temas: mestiçagem, colonização e identidade. Tendo surgido da convivência de dois corpos com saberes distintos – Ângelo Madureira (dança popular) com Ana Catarina Vieira (balé clássico) uma história de 24 anos de criações, lendo-a como um fluxo de trocas de informações que promoveu transformações irreversíveis, que continuam a jorrar e a se distribuir em muitas direções.
Ao longo de 24 anos de percurso, Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira receberam os prêmios mais importantes existentes na cultura, entre eles: “Associação Paulista dos Críticos de Arte” – APCA (2003) de revelação da pesquisa e “APCA” (2007) pelo percurso da pesquisa, “Prêmio Estimulo à Dança”, “Programa Rumos Dança Itaú Cultural” (2003), “Cultura Inglesa Festival” (2005), “Prêmio Funarte Petrobras” (2006 e 2007), “Prêmio Klauss Vianna” (2009), “Programa de Fomento à Dança da Cidade de São Paulo” (4ª, 7ª, 9ª, 12ª, 25º e 32ªedições), “Caixa Cultural” (2010 e 2012), “Proac Circulação” (2012), “Petrobras Cultural 2011/2012” (2013), “Prêmio de Histórico para Corpos Estáveis do Estado de São Paulo” (2020), “Prêmio de Produção em Dança” – LAB – Delírio ZOOM (2020), “1º Edição de Premiação para Espaços Culturais Independentes da Cidade de São Paulo” (2020), “Lei Aldir Blanc para Espaços Culturais” – INCISO II(2020), entre outros.
Com carreira internacional, o grupo passou pelos festivais brasileiros mais relevantes do país como: “Festival Panorama”(2005, 2009 e 2011) – Rio de Janeiro; “Panorama SESI de Dança” (2005 e 2010) – São Paulo; “Festival Internacional Serra da Capivara” (2004) – Piauí; “Bienal Internacional do Ceará”(2007, 2009, 2017) – Fortaleza, Sobral, Crato e região do Cariri; “Bienal de Par em Par (2008 e 2016) – Fortaleza; “Festival Internacional de Dança de Recife” (2004); “Projeto Palco Giratório” – SESC Nacional (2009); “Festival Internacional de Nova Dança” (2006) – Brasília, “Festival de Dança de Araraquara”(2004, 2010 e 2018), “Festival de Dança de Bauru” (2004), “Publica Dança” (2004 e 2005) Votorantim, “Fora do Eixo” – SESC Ipiranga(2004), “Outras Danças”- SESC Ipiranga (2004), “Festival 1 e 2 na Dança” (2005) – Belo Horizonte, “Múltipla Dança” (2005) – Florianópolis, “Dança em Cena”(2004) – Maceió, “Mostra SESC de Artes” (2007) – Estado de São Paulo, “Janeiro de Grandes Espetáculos”(2000 e 2002)- Recife, “Plataforma Brasil e Holanda” – Teatro Sergio Cardoso(2009), “Rumos Dança Convida Itaú Cultural” (2010), “Conexão Dança” (2011) – Maranhão; “Projeto Vértice” (2012) – João Pessoa, “Mostra Maranhense de Dança” (2012), “Mostra de Dança de Recife” (2012), “Trajeto” – SESC Belenzinho (2013), “FID” (2014) – Belo Horizonte, “Festival Goiânia em Cena” (2015), “Palco Gira Dança” (2015) – Natal; IV Fórum de Educadores de Dança (2016) – Teatro Castro Alves – Salvador, VIII Jornada de Dança da Bahia (2016) – Salvador “Terça da Dança” (2016) – Belo Horizonte; “9º Festival de Dança do Vale de São Francisco” – (2016) - Petrolina, “Entredança” – Teatro SESC Ginástico (2016) – Rio de Janeiro, “Habitat de Dança” – SESC Santo Amaro (2017), Temporada espetáculo “Delírio” – Itaú Cultural (2017), estiveram em duas edições da ‘Bienal do SESC de Dança” (2011) – encerramento com a estreia do espetáculo “A Revolta da Lantejoula”, (2015) – abertura com a estreia do espetáculo “Estado Imediato”, em ambas as edições receberam o louvor do público sempre muito caloroso com as obras criadas pelo grupo. Na sua cidade sede participaram de importantes eventos como: “Circuito Cultural Paulista”, “Virada Cultural”, “Mostras de Fomento”, “Virada Cultural Paulista”, entre outros.
Internacionalmente, passaram por diversos países (Croácia, Portugal, Alemanha, Estados Unidos e América Central). Através do “Festival Materiais Diversos” (2012) e do “Ano do Brasil em Portugal” (2013), realizaram uma circulação, passando por importantes teatros como o “Teatro Carlos Alberto” na cidade do Porto, apresentando espetáculos como: Mapa Movediço, A Revolta da Lantejoula e Baseado em Fatos Reais. Foram programados mais de uma vez, no “Festival Brasil Move Berlim” onde estiveram em duas das cinco edições existentes (2009 e 2011), apresentando os espetáculos: “Como?”, “Outras Formas”, “Delírio” e “Baseado em Fatos Reais” e o “Festival Queer” de “Zvonimir Dobrovic” (Croácia) estiveram cinco vezes, passando “Queer Zagreb” (2008, 2012 e 2013), “Queer New York” (2013) e “Queer Split” (2013), incluindo o “Festival Perforacije”(2011) com uma Co-Produção subsidiada pela “União Européia” realizando uma seleção de elenco de artistas croatas e/ou europeus, workshops, palestras, aulas, a criação e produção do espetáculo “Nafta” e o projeto “A Casa do Outro”, onde diferentes artistas ocuparam casarões antigos com suas performances dançantes, uma no centro de Zagreb e outra no porto de Rijeka. Com a parceria com a Croácia apresentaram os espetáculos: “Clandestino”, “Como?”, “A Revolta da Lantejoula”, “Baseado em Fatos Reais” e Delírio criado por Ângelo Madureira em 1999.
No ano de 2010, Ana Catarina se tornou diretora artística do espetáculo “Delírio” que foi programado por inúmeros curadores nacionais e internacionais tornando Ângelo o único artista a apresentar um solo no “Teatro Nacional de Zagreb”, um teatro que normalmente apresenta Orquestras, Companhias e Balés.
O grupo passou também pelo Festival Prisma (2013) no Panamá, apresentando o espetáculo O Animal Mais Forte do Mundo.
No ano de 2012, o trabalho do grupo foi contemplado com uma das concorrências mais severas existentes no Brasil: o edital Petrobras Cultural, concorrendo com grupos brasileiros consolidados. Com 800 projetos enviados, onde somente quatro grupos seriam contemplados. Entre os contemplados estavam Quasar Cia de Dança e o Grupo Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira. A seleção passava por três etapas, tiragem administrativa, analise de uma comissão composta por dez profissionais notório saber da área da dança e na finalização era encaminhado para o Conselho de Cultura da Petrobras somente após aprovado nestas três fases, o projeto era considerado contemplado.
A conquista da Petrobras foi um passo importante na carreira do grupo, por lhe trazer uma estabilidade temporária de 3 anos, proporcionar uma circulação por diversos estados brasileiras e pelo interior do Estado de São Paulo, realizando mais de 60 apresentações, workshops e bate-papos, ampliando a formação de publico. Como o grupo esteve em muitos festivais que são repletos de diferentes públicos, o trabalho ficou muito difundido por ter um repertório eclético com obras que circulam do popular ao conceitual, passando pela dança contemporânea e o balé clássico.
Durante o período que foram patrocinados pela Petrobras criaram os espetáculos: A Pele da Máquina, Clandestino.2 e Estado Imediato e fundaram a residência artística Base Arte, que se tornou sede do grupo e local onde acontecem atividades artísticas como aulas, ensaios, encontros e residências artísticas, atualmente ativa.
O contrato com a Petrobras durou o período de três anos e somente não foi renovado pois o Departamento de Cultura da Petrobras foi desativado, atualmente a empresa, não patrocina mais grupos e companhias de dança e teatro, o edital onde o grupo foi contemplado foi sua última edição.
Nestes 24 anos de trabalho continuado produziram, criaram e dirigiram mais detrinta espetáculos: “Delírio” (1999), “Nação Brasílica” (2000), “Brasílica Ritmos” (2001), “Brasilibaque” (2002), “Somtir” (2003), “Outras Formas” (2004), “Delírio Remix” (2004), “Como?” (2005), “Clandestino” (2006), “O Nome Cientifico da Formiga” (2007), Agô Dança Contemporânea (2008), “O Animal Mais Forte do Mundo” (2009), “O Animal Mais Forte do Mundo.2” (2009), “Somtir.2” (2010), “Baseado em Fatos Reais” (2010), “A Revolta da Lantejoula” (2011), “Mapa Movediço” (2012), “A Pele da Máquina” (2014), “Clandestino.2” (2014), “Estado Imediato” (2015), Arco (2017), O Sapato, o Nariz e a Bailarina (2017), Baque Virado (2017), “Bolo de Rolo: Banda Baile Bloco” (2019), “Outras Formas ON LINE” (2020), “Delírio ZOOM” (2021), Deformações (2021), Clandestino Filme (2021), Onilé (2021), Primitivo (2021), O Diário de Duas Bicicletas (2023) e criaram coreografias para o Festival Perforacije – espetáculo NAFTA (Zagreb – 2011), Cia Gira Dança (Sem Conservantes – 2015), Vila das Artes de Fortaleza (Lança – 2017), Cisne Negro Cia de Dança (Goitá – 2019) e São Paulo Cia de Dança (Aparições – 2020), entre outros.
Em 2017 criaram os solos Arco de Ângelo Madureira e O Sapato, o Nariz e a Bailarina de Ana Catarina Vieira com direção de Beto Andreetta e Ângelo criou um novo espetáculo para a “Orquestra de Alfaias”: Baque Virado, que teve sua estreia na Virada Cultural do SESC Pinheiros em maio de 2018.
No ano de 2019, ao lado de “Guga Stroeter”, fundaram o “Corpo de Baile Base” e gravaram o repertório percussivo de Ângelo Madureira e estrearam o espetáculo “Bolo de Rolo: Banda Baile Bloco” fundando uma nova ideia de projeto, criando uma linguagem musical própria que mistura a música ritmada e a dança, pesquisa presente no “Grupo Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira”, que se desdobrou em Bloco Bolo de Rolo, Banda Bolo de Rolo e Corpo de Baile Base.
Durante a crise sanitária de 2020 estrearam as lives de dança do SESC Ao Vivo com a criação do espetáculo Outras Formas ONLINE (2020), e Ângelo Madureira, através do “Portal MUD” e o “Kinetech Arts” – Projeto Encontro de Hemisférios Brasil/EUA, desenvolveu o trabalho “Iara Iemanjá” com a artista argentina residente nos EUA, “Juliana Mendonça”.
Além do repertório que foram construindo, criaram o projeto A Casa do Outro (2004), com objetivo de criar novos espaços para a dança contemporânea, passando por São Paulo, Zagreb, Rijeka e Casa Hoffmann, em Curitiba, realizado com a participação de artistas locais.
Ângelo e Ana Catarina também criaram para outros projetos entre eles estão: Agô Dança Contemporânea (2008) para Orquestra Heartebreakes, parceria com o músico multi-instrumentista Guga Stroeter, Nafta (Co-Produção com o Festival Perforacije – Croácia /2011), Sem Conservantes (2015) para a Cia Gira Dança de Natal, Lança (2017) para Vila das Artes de Fortaleza, Goitá (2019) para Cia Cisne Negro e Aparições (2020) para São Paulo Cia de Dança.
Durante os anos de 2008, 2009 e 2010 foram dirigidos pelo ilustre homem da televisão “Fernando Faro” que dirigiu os espetáculos “O Nome Científico da Formiga” (2008) e “O Animal Mais Forte do Mundo” (2010), sendo apresentado nos programas “Ensaio”, “Móbile” e “Clássicos” da TV Cultura. Através do projeto do “Palco Giratório” – SESC Nacional, o espetáculo “O Nome Científico da Formiga” passou todos os estados brasileiros, ampliando o público que acompanha o trabalho do grupo.
Nestes 23 anos de percurso o grupo criou quase dois espetáculos por ano, tendo em seu repertorio mais de 30 obras artísticas, recebendo ótimas críticas por todos os lugares que passaram e com estas críticas receberam o carinho e o reconhecimento do público.
Outra referência importante na carreira de Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira foi a participação no cinema brasileiro, o documentário Os Brasileiros dirigido por Phelippe Barcinski para a TAL (Televisión América Latina) no elenco do documentário António Nóbrega, Carlinhos de Jesus e a dupla, também participaram do filme Dream Waves de Gustavo Von Ha e desenvolveram a coreografia para o filme de Canção de Volta de Gustavo Moura com Marina Person.
Como curadores selecionaram projetos para o Itaú Cultural na Mostra intitulada de Corpo, Memória e Autoria (2012), Cultura Inglesa Festival (2013) e o projeto A Casa do Outro.
FAZENDO ESCOLA
O percurso do grupo envolve também processos pedagógicos relacionados com o ensino da dança e o desenvolvimento de metodologias para criação e pesquisa de linguagem. No ano de 2014, tornaram-se bacharel em Comunicação das Artes do Corpo gerando duas monografias com mais de 400 páginas abordando, explicando, dissertando e contextualizando todas as metodologia e sistematizações que desenvolveram ao longo de seu percurso e que geraram os resultados alcançados pelo grupo em seus espetáculos, aulas e projetos. Resultados estes, que são utilizados por inúmeros profissionais da área da dança, cultura popular brasileira e a rede pública de ensino, pois a pesquisa do grupo está presente no material didático que é distribuído em escolas públicas, e por professores das mais importantes universidades do Brasil como a UFBA, USP e a PUC.
Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira são artistas preocupados com a educação e com a transmissão da linguagem que estão desenvolvendo e por isso sua parceria começou no ano de 2000 com a fundação de uma filial do Balé Popular do Recife em São Paulo: a Escola Brasílica Música e Dança. Em 2004 a escola passou a se chamar Espaço Cultural Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira e desde 2015 é conhecido como Base Arte um espaço de residência artística que hoje abrigam os seguintes grupos, ambos fundada pela dupla, são eles: Bloco de Carnaval Arrianu Suassunga, Orquestra de Alfaias, Banda Baque Virado, Bolo de Rolo: Banda Baile Blocoe “Corpo de Baile Base” onde Ângelo Madureira é maestro, repentista, letrista, professor e compositor de seu repertório, sendo uma importante ação diretamente relacionada com os objetivos, necessidades e desejos do Grupo Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira que também reside na Base Arte juntamente com o Corpo de Baile Base.
Com 23 anos de existência o espaço cultural independente BaseArte realizou aulas abertas, cursos, workshops, ensaios abertos, ensaios, apresentações, reuniões e residências artísticas. Através destas atividades pedagógicas a dupla vem capacitando jovens e adultos para ensinarem as danças populares brasileira, olhadas como habilidades do corpo e também desenvolveram um conhecimento avançado sobre a prática das danças populares brasileiras, são 22 anos, que a dupla Ângelo e Ana Catarina vem se dedicando a pesquisar, elaborar e desenvolver uma sistemática para transmissão do conhecimento que produzem.
Atravessando inúmeras fases, nos anos de 2000, 2001, 2002 e 2003, Ângelo Madureira” criou a performática “Orquestra de Alfaias”, que inicialmente se tornou conhecida com o nome de “Brasílica Música e Dança”. Com o espetáculo “Nação Brasílica o grupo foi de Miami à Recife e São Paulo, a batucada acontecia na Rua Mourato Coelho com a Inácio Pereira da Rocha e atraiu muitos alunos, artistas, curiosos e jornalistas que da rua escutavam o som destemido das “Alfaias de Maracatu” e seguiam em busca de sua sonoridade. Com isso o grupo teve muita visibilidade e com uma matéria no Jornal “O Estado de São Paulo” e na “Revista Veja” iniciou sua trajetória de conquistas.
Em 2011, a Orquestra recebeu o nome de “Maracatu da Lira” – Maracalira, fundado por Ângelo, ao lado de “Marcelo Jackow e em 2013 passou a se chamar “Bloco de Carnaval Arrianu Suassunga” presente oficialmente no carnaval da Cidade de São Paulo. Ao longo de seu percurso como criador, Ângelo, se dedica a pesquisar “sonoridades” que conversem diretamente com os movimentos do corpo. Atualmente, a “Orquestra de Alfaias” e o “Arrianu Saussunga” são dois projetos que se diferenciam na forma em como atuam na sociedade. “Arrianu Suassunga” é um grupo de amigos e a “Orquestra de Alfaias” são para os integrantes que atuam como profissionais e cumprem agenda de ensaios e apresentações, existindo uma circulação entre os integrantes do grupo, podendo estar juntos e misturados, seja com participações voluntarias ou profissionais.
Os artistas e alunos que passam pelo grupo e/ou pela escola da dupla aprendem os passos e movimentos juntamente com uma forma de pensar e de construir sua própria dança como uma maneira de sobreviver artisticamente, socialmente, politicamente e economicamente. Mais do que uma linguagem que nasce da junção do balé clássico com a dança popular e escolhe a dança contemporânea para manifestar-se, a dupla se dedicou a construiu uma linguagem de movimentos criados pelo desenvolvimento de uma pesquisa voltada para a criação artística em dança, dentro de toda a complexidade que cabe a um processo dessa envergadura. Sempre desejam transferir, transmitir e contaminar quem entra em contato.
É uma linguagem que não está somente conectada a prática dos passos e movimentos sua relação é com uma forma de pensar e desenvolver processos artísticos de criação e pesquisa para a área da dança. Atualmente acontecem as seguintes atividades: Passo Habilidades, Passo Criação, Encontro Dançante, Encontro Percussivo, Batuque Digital, Aulas de Dança Contemporânea, Danças Populares Brasileiras e Balé Clássico. Com a crise sanitária algumas atividades foram suspensas, outras passaram a acontecer na versão ON LINE e o Encontro Dançante passou a acontecer na Praça das Corujas.
A dupla sempre encontra estratégias para ir ao encontro do público de maneiras diferentes. Com sua dedicação a cultura brasileira o grupo foi agregando diferentes públicos contribuindo para sua formação e desenvolvendo uma dança que possibilita agregar a todos.
Um dos desafios que permanece ao longo de seu percurso é conseguir somar os conceitos de um processo de pesquisa de linguagem com uma forma de apresenta-los ao público, sem subestimar a sua capacidade de entendimento, mesmo quando se trata de um público pouco envolvido com a linguagem da dança, um exemplo disso foi um grupo de estudos que criaram no ano de 2011, com o apoio que receberam da IX Edição do Programa de Fomento à Dança da Cidade de São Paulo, onde se juntaram os integrantes do Grupo Ana e Ângelo da época (Ana Catarina Vieira, Ângelo Madureira, Beto Madureira, Juliana Augusta Vieira, Iara Maria Vieira, Luiz Anastácio, Patricia Aokio e Bruno Levorin) e os convidados: Ana Carla Fonseca Reis, Sonia Sobral, Christine Greiner, André Fonseca e Simone Zarastre e se dedicaram por onze meses investigar formas de sustentabilidade para a dança contemporânea paulistana.
Produções em 2020/2021
Estão produzindo duas novas obras para o “Grupo Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira (GAÂM) – “Grupo Ana e Ângelo”, com estreia prevista para setembro e outubro de 2021 (“Clandestino Filme” e “Deformações”) referente ao apoio da Lei Emergencial Aldir Blanc, onde o “Grupo Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira” recebeu a premiação de histórico para corpos estáveis. Foram contemplados 10 grupos do Estado de São Paulo, sendo três grupos da Cidade de São Paulo, entre eles, o “Grupo Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira”. Posteriormente, a “Lei Aldir Blanc”, contemplou os grupos suplentes em diferentes editais e também foram contemplados com o apoio para produzir o espetáculo “Delírio Zoom”, estreado pelo grupo em maio de 2021.
INTERNACIONALMENTE
Ângelo Madureira foi integrante do Encuentro de Prácticas Expandidas del Movimiento Cuerpo de Bogotá com a participações de artistas da América Latina e Ana Catarina Vieira é mentora do projeto “Paper Planes” de Selma Daniel, Patrocinado pelo Arts Council’s YPCE Project Award 2020 e com o apoio do Solstice and Draiocht Arts Center e Fingal County Council.
Ângelo Madureira é diretor artístico e musical, compositor, mestre de cerimônia, músico, bailarino, regente e professor nos seguintes movimentos culturais: “Ângelo Madureira e a Orquestra de Alfaias”, “Base Arte”, “Banda Baque Virado”, “Banda Bolo de Rolo”, Bloco Bolo de Rolo”, “Corpo de Baile Base”, “Grupo Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira”.
Ana Catarina Vieira é diretora geral, diretora artística, produtora cultural, coreógrafa, bailarina, pesquisadora, percussionista e professora nos seguintes movimentos culturais: “Grupo Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira”, “Corpo de Baile Base”, “Base Arte”, “Ângelo Madureira e a Orquestra de Alfaias”, “Banda Baque Virado”, “Banda Bolo de Rolo”, Bloco Bolo de Rolo.
INTEGRANTES do Grupo Ana e Ângelo e dos seus desdobramentos
(Corpo de Baile Base, Orquestra de Alfaias, Bolo de Rolo: Banda Baile Bloco, Arrianu Suassunga..)
Anderson Bandieri, Andreia Guilhermina, Ana Noronha, Bruno Levorin, Beto Madureira, Bruno Serroni, Carolina Brandão, Carol Siqueira, Denise Evrard, Daniel Conti, Eduardo Fukushima, Fernanda Motta, Fabio Lusch, Fabricio Enzo, Guilherme Pereira, Higor Passine, Jorge Correa Bethencourt, Karime Nivolone, Luiz Anastácio, Leandro Soares, Lindemberg Malli, Marko Kalc, Marcela Sena, Martina Rukavina, Maria Laura Nogueira, Nives Soldičić, Nadya Moretto, Paulo Victor Gandra, Paulo Magalhães, Patricia Aockio, Rafaela Sousa, Renata Colin, Rose Mara da Silva, Ronni Oliveira, Rafael Barzagli, Rafi Sousa, Suzana Ruiz, Stephanie Borges, Tanja Kalčić, Thais Morato, Thiago Soares, Vanessa Silva, Vladimir Ježić. “Corpo de Baile Base”: Acácio Rodrigues, Barbara Mazzetti, Cynthya Diniz, Carina Bessa, Fabricio Enzo, Fabio Paiva, Jaqueline Andrade, Jéssica Fernandes, Liliane Caparelli, Luciene Weiland, Maria Carolina Macari, Matheus Moreira, Moisés Castro, Nayana Soffiatto, Sylvia Aragão, Thiago Soares, Thico Lopes, Vitor Luciano, Wand Albuquerque “Orquestra de Alfaias”: Ana Catarina Vieira, Ana Beltrão, Beto Madureira, Caroline Lucena, Erik Sousa, Fábio Paiva, Marcelo KaKo, Priscila Queiroz. “Bloco Arrianu Suassunga: Ângelo Madureira, Ana Catarina Vieira, Marcelo Jackow, Vítor Galvani, Léo Giardini, Liliane Caparelli, Bia Siqueira, Carolina Cotrim, Ivy Moreira, Valéria Mello, Tita Galvani, Eduardo Tranquilini, André Lopes, Lucia Kakasu, Guilherme Mello, Ana Beltrão, Rafael Rodrigues, Kiki More, Beto Madureira, Jorge Marciano, Lila Guimarães, Ana Maria Fonseca Reis, Hyron Sugai, Rubia Silva, Mila Farias, Marcelo Caine, Valentine Giraud, Priscila Queiroz Garcia, Felipe Ancona, Bianca Oliveira, Jessica Laguna, Luísa Giardini, Raquel Lara Rezende, Ricardo Gravina, Marcelo Machado de Araújo, Marcelo Pereira, Maíra Formis, Carolina Gorini, Inês Soares, Gabriella Ornaghi, Rodolfo Galvani Neto, Juliana Freire, Marina Reato. Banda Baque Virado: Daniel Camirada, Renato Soares, Beto Madureira, Ana Catarina Vieira, Jorge Marciano e Ângelo Madureira. Bolo de Rolo Banda Baile Bloco: Bruno Serroni, Beto Madureira, Fabio Lusch, Ana Catarina Vieira e Ângelo Madureira. Parceiros: Grupo Ana e Ângelo, Base Arte, Aline Dainez, Santo Forte, Tutu Moraes, Chiquinho Fernandes, Massa Ricci e Tambores Zé Benedito.
Produções artísticas (espetáculos e projetos)
1998 – Solo de Bateria (Rede Stagium)
1999 – Delírio
2000 – Escola Brasílica Música e Dança (Fundação em SP)
2000 – Nação Brasílica
2000 – Articulece
2001 – Brasílica Ritmos
2002 – Álbum Brasílica Ritmos
2002 – Brasilibaque
2003 – Somtir
2004 – Outras Formas
2004 – A Casa do Outro
2004 – Delírio Remix
2005 – Como?
2006 – Clandestino
2007 – O Nome Científico da Formiga
2008 – Agô Dança Contemporânea
2009 – O Animal Mais Forte do Mundo
2009 – O Animal Mais Forte do Mundo.2
2010 – Somtir.2
2010 – Baseado em Fatos Reais
2011 – Formação do “Grupo de Estudos sobre Sustentabilidade para a Dança Contemporânea” na Cidade de São Paulo
2011 – A Revolta da Lantejoula
2011 – Nafta
2011 – Maracalira
2012 – Mapa Movediço
2014 – A Pele da Máquina
2014 – Clandestino.2
2014 – Monografia de Ângelo Madureira conclusão do
Curso de “Comunicação das Artes do Corpo”
2014 – Monografia de Ana Catarina Vieira conclusão do
Curso de “Comunicação das Artes do Corpo”
2015 – Sem Conservantes
2015 – Base Arte
2015 – Encontro Dançante
2015 – Bloco de Carnaval Arrianu Suassunga
2015 – Estado Imediato
2015 – Base Drum
2016 – Lança
2017 – Baque Virado
2017 – Arco
2017 – O Sapato, o Nariz e a Bailarina
2018 – Álbum Falenfóquet
2018 – Álbum Caboclinks
2018 – Álbum Arco
2018 – Encontro Percussivo
2018 – Encontro Carnavalesco
2019 – Goitá
2019 – Bolo de Rolo Banda Baile Bloco
2020 – Banda Baque Virado
2020 – Bolo de Rolo Bloco
2020 – Álbum Berímbolo
2020 – Álbum Bolo de Rolo
2020 – Aparições
2020 – Passo Habilidade
2020 – Batuque Digital
2020 – Outras Formas.2
2020 – Iara Iemanjá
2021 – Delírio ZOOM
2021 – Passo Criação
2021 – Clandestino FILME
2021 – Deformações
2022 – Onilé
2023 – O Diário de Duas Bicicletas
2023 – Lokun: O Coração da Alfaia